Incidência e prevalência do câncer de cabeça e pescoço
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o câncer de cabeça e pescoço foi o 6º câncer mais diagnosticado em todo o mundo em 2022.2,3,c
Câncer de cabeça e pescoço por sítio
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde de 2022, a incidência do câncer de cabeça e pescoço varia por sítio.3
Incidência estimada câncer de cabeça e pescoço por sítio (2022)3
Em um estudo com 9.245 pacientes diagnosticados com HNSCC de 2009 a 2014, identificados no registro com base napopulação do Registro Belga de Câncer, ~50% tinham HNSCC em estágio III–IVB ao diagnóstico.4,d
cO câncer de cabeça e pescoço inclui tumores nos lábios e na cavidade oral, nasofaringe, orofaringe, hipofaringe, laringe e nas glândulas salivares.3
dOs pacientes foram diagnosticados com carcinoma de células escamosas da cavidade oral, orofaringe, hipofaringe ou laringe.4
Características patológicas e risco
Após a ressecção cirúrgica, certas características patológicas podem aumentar o risco dos pacientes para desfechos clínicos desfavoráveis.5
Importantes para o estadiamento e o prognóstico, as diretrizes da ESMO recomendam uma avaliação patológica dos espécimes cirúrgicos, que incluem:6
- Margens cirúrgicas
- Presença de extensão extranodal
- Tamanho do tumor
- Padrão de crescimento
- Profundidade da invasão (para câncer da cavidade oral)
- Número total de linfonodos removidos
- Número de linfonodos invadidos e sua localização
- Infiltração perineural e linfática
Uma análise combinada de dois estudos de grupos cooperativos identificou que as características patológicas listadas a seguir estão associadas a um risco mais alto de desfechos clínicos desfavoráveis após a ressecção cirúrgica.5
Dois ou mais linfonodos regionais envolvidos
Margens de ressecção cirúrgica positiva
Evidência de extensão extranodal
ESMO: European Society for Medical Oncology.
RISCO DE RECORRÊNCIA OBSERVADO EM ESTUDO RETROSPECTIVO1
De acordo com um estudo multicêntrico, de coortes, retrospectivo, com 979 pacientes tratados cirurgicamente para HNSCC em oito centros italianos entre março de 2004 e junho de 2018, a taxa de recorrência recorrência pós-cirurgia para o HNSCC em estágios III-IV foi maior do que para o HNSCC em estágio I-II ao longo de um período de acompanhamento de cinco anos.e
Dos 979 pacientes incluídos na análise de recorrência ao longo de todo o período de cinco anos, 337 (34%) apresentaram recidiva. A taxa de recorrência após cinco anos observada em pacientes com HNSCC em estágios III e IV após a cirurgia variou entre os sítios. Neste estudo, os pacientes diagnosticados com câncer oral apresentaram taxa de recorrência mais alta.
Este estudo incluiu pacientes com câncer na cavidade oral, hiopofaringe, orofaringe e laringe. A análise estatística não incluiu o grupo de hipofaringe devido a dados insuficientes.1
RESPONDENDO A UMA NECESSIDADE NÃO ATENDIDA
O câncer de cabeça e pescoço foi o 6º câncer mais diagnosticado em todo o mundo em 2022, e há uma previsão de aumento de ~500.000 casos até 2045 de acordo com uma avaliação do Global Cancer Observatory.2,3 O Registro de Câncer da Bélgica estimou que ~50% dos pacientes com HNSCC apresentaram doença em estágio III–IVB ao diagnóstico; e um estudo multicêntrico italiano mostrou taxa de recorrência em 5 anos de 39% para pacientes com doença em estágio III–IV.1,4 Após a ressecção cirúrgica, certas características patológicas podem fazer com que os pacientes com HNSCC em estágio III–IV tenham risco mais alto de recorrência, gerando desfechos clínicos desfavoráveis.5
1. Borsetto D, Sethi M, Polesel J et al. The risk of recurrence in surgically treated head and neck squamous cell carcinoma: a conditional probability approach. Acta Oncol. 2021;60(7):942-947.
2. International Agency for Research on Cancer. Global Cancer Observatory. Cancer: continents, top 15 cancer sites, absolute numbers, incidence, both sexes in 2022 – table.
Disponível em: https://gco.iarc.fr/today/en/dataviz/bars?group_populations=1&key=total&types=0&sort_by=value0&mode=cancer&sort_dir=desc&values_position=0&color_set=1&reset=1. Acessado em 15 de abril de 2025.
3. International Agency for Research on Cancer. Global Cancer Observatory. Estimated number of new cases from 2022 to 2045, incidence, both sexes, age [0-85+] world. Disponível em: https://gco.iarc.fr/tomorrow/en/dataviz/tables?mode=cancer&group_populations=1&sexes=0&populations=900. Acessado em 15 de abril de 2025.
4. Leroy R, Silversmit G, Stordeur S et al. Improved survival in patients with head and neck cancer treated in higher volume centres: a population-based study in Belgium. Eur J Cancer. 2020;130:81-91.
5. Kirtane K, Rodriguez CP. Postoperative combined modality treatment in high risk resected locally advanced squamous cell carcinomas of the head and neck (HNSCC). Front Oncol. 2018;8:588.
6. Machiels JP, René Leemans C, Golusinski W et al. Squamous cell carcinoma of the oral cavity, larynx, oropharynx and hypopharynx: EHNS-ESMO-ESTRO Clinical Practice Guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2020;31(11):1462-1475.
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