ISENTRESS
ISENTRESS (raltegravir).
ISENTRESS é indicado em combinação com outros agentes antirretrovirais para o tratamento de infecção pelo HIV-1.
Pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente do produto. O perfil de segurança e a eficácia de ISENTRESS em crianças com menos de 2 anos de idade ainda não foram estabelecidos.
Síndrome de reconstituição imunológica:
durante a fase inicial do tratamento, os pacientes que respondem ao tratamento antirretroviral podem desenvolver resposta inflamatória a infecções oportunistas indolentes ou residuais (como complexo Mycobacterium avium, citomegalovírus, pneumonia por Pneumocystis jirovecii e tuberculose), que podem precisar de avaliação e tratamento adicionais.
Interações medicamentosas:
deve-se ter cuidado ao coadministrar ISENTRESS com fortes indutores da uridina difosfato glicuronosiltransferase (UGT) 1A1 (p. ex., rifampicina), em razão da redução na concentração plasmática do raltegravir.
Gravidez:
categoria de risco C. Esse medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação:
não se sabe se o raltegravir é secretado no leite materno humano. No entanto, o raltegravir é secretado no leite de ratas lactantes. Em ratas que receberam doses de 600 mg/kg/dia, as concentrações médias do fármaco no leite foram, aproximadamente, 3 vezes maiores do que no plasma materno. A amamentação não é recomendada durante o tratamento com ISENTRESS. Além disso, recomenda-se que mães infectadas pelo HIV não amamentem seus bebês para evitar o risco de transmissão pós-natal do HIV.
Outras advertências:
Atenção, fenilcetonúricos: contém fenilalanina. ISENTRESS comprimidos mastigáveis contém fenilalanina, um componente do aspartame. Cada comprimido de 100 mg de ISENTRESS contém cerca de 0,10 mg de fenilalanina. A fenilalanina pode ser perigosa para pacientes portadores de fenilcetonúria.
Depressão:
foi relatada depressão, incluindo ideação e comportamentos suicidas, particularmente em pacientes com histórico preexistente de depressão ou doença psiquiátrica. Deve-se ter cautela em pacientes com histórico preexistente de depressão ou doença psiquiátrica.
Comprometimento hepático:
a segurança e eficácia do raltegravir em pacientes com doenças hepáticas graves subjacentes não foram estabelecidas. Portanto, raltegravir deve ser utilizado com cautela em pacientes com insuficiência hepática grave. Os pacientes com disfunção hepática preexistente, incluindo hepatite crônica, apresentam uma frequência aumentada de anomalias da função hepática durante a terapia antirretroviral combinada e devem ser monitorados de acordo com a prática padrão. Se houver evidência de agravamento da doença hepática nestes pacientes, deve-se considerar a interrupção ou descontinuação do tratamento. Os pacientes com hepatite B ou C crônica tratados com terapia antirretroviral combinada apresentam um risco aumentado de reações adversas hepáticas graves e potencialmente fatais.
Osteonecrose:
embora a etiologia seja considerada multifatorial (incluindo uso de corticosteroides, consumo de álcool, imunossupressão grave, índice de massa corporal aumentado), foram relatados casos de osteonecrose, particularmente em pacientes com HIV com doença avançada e/ou com longa duração de exposição à terapia antirretroviral combinada. Os pacientes devem ser aconselhados a procurar orientação médica se sentirem dores nas articulações, rigidez articular ou dificuldade de movimento.
Miopatia e rabdomiólise:
foram relatadas miopatia e rabdomiólise. Utilizar ISENTRESS com cautela em pacientes que tiveram miopatia ou rabdomiólise no passado ou que apresentem qualquer predisposição a essas condições, incluindo o uso de outros medicamentos associados a elas.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e usar máquinas:
foi relatada tontura em alguns pacientes durante o tratamento com regimes contendo raltegravir. A tontura pode influenciar a capacidade de alguns pacientes de dirigir e usar máquinas.
O raltegravir não é substrato das enzimas do citocromo P-450 (CYP) e não inibe (CI50 > 100 μM) CYP1A2, CYP2B6, CYP2C8, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6 ou CYP3A in vitro. Além disso, in vitro, o raltegravir não induziu o CYP3A4. Um estudo de interação medicamentosa com o midazolam confirmou a baixa propensão do raltegravir a alterar a farmacocinética dos agentes metabolizados pelo CYP3A4 in vivo através da demonstração da falta de efeito significativo do raltegravir sobre a farmacocinética do midazolam, um substrato sensível ao CYP3A4. Da mesma maneira, o raltegravir não é um inibidor (CI50 > 50 μM) das UDP-glicuronosiltransferases (UGTs) testadas (UGT1A1 e UGT2B7) e não inibe o transporte mediado pela glicoproteína P. Com base nesses dados, não se espera que ISENTRESS afete a farmacocinética dos medicamentos substratos dessas enzimas ou da glicoproteína P (p. ex., inibidores de protease, ITRNNs, metadona, analgésicos opioides, vastatinas, antifúngicos azóis, inibidores da bomba de próton, anticoncepcionais orais e agente[s] para o tratamento da disfunção erétil). Com base em estudos in vivo e in vitro, o raltegravir é eliminado principalmente pelo metabolismo via glicuronidação mediada pela UGT1A1. A coadministração de ISENTRESS com medicamentos que são potentes indutores da UGT1A1, como a rifampicina (indutora de várias enzimas metabolizantes de fármacos), reduz as concentrações plasmáticas de ISENTRESS. Deve-se ter cuidado ao se coadministrar ISENTRESS com a rifampicina ou outros fortes indutores da UGT1A1. O impacto de outros potentes indutores de enzimas metabolizadoras de fármacos, como fenitoína e fenobarbital, sobre a UGT1A1 é desconhecido. Outros indutores menos potentes (p. ex., efavirenz, nevirapina, rifabutina, glicocorticoides, erva-de-são-joão e pioglitazona) podem ser utilizados com a dose recomendada de ISENTRESS. A coadministração de ISENTRESS com medicamentos conhecidos por serem potentes inibidores da UGT1A1 (p. ex., atazanavir) aumenta os níveis plasmáticos de ISENTRESS. No entanto, o aumento é discreto e o tratamento combinado com esses inibidores foi bem tolerado nos estudos clínicos, de forma que nenhum ajuste de dose é necessário.
Efeito do raltegravir sobre a farmacocinética de outros agentes:
nos estudos de interação medicamentosa, o raltegravir não apresentou efeitos clinicamente significativos sobre a farmacocinética de: lamivudina, fumarato de tenofovir desoproxila e midazolam. Em um estudo de interação medicamentosa de doses múltiplas, a AUC e as concentrações de vale do fumarato de tenofovir desoproxila quando coadministrado com o raltegravir foram de 90 e 87% dos valores obtidos com a monoterapia com o fumarato de tenofovir desoproxila. Em outro estudo de interação medicamentosa, a AUC do midazolam coadministrado foi de 92% do valor obtido com o midazolam isoladamente. Em um estudo de fase 2, a farmacocinética da lamivudina foi semelhante em pacientes que receberam combinações com o raltegravir versus com o efavirenz.
Efeito de outros agentes sobre a farmacocinética do raltegravir:
nos estudos de interação medicamentosa, atazanavir, efavirenz, ritonavir, fumarato de tenofovir desoproxila e tipranavir/ritonavir não apresentaram efeito clinicamente significativo sobre a farmacocinética do raltegravir. A rifampicina, forte indutora das enzimas metabolizadoras de medicamentos, causou redução nas concentrações de vale do raltegravir.
Foram relatados eventos adversos (EAs) com ISENTRESS que podem afetar a capacidade de dirigir ou operar máquinas. As respostas individuais a ISENTRESS podem variar. As experiências adversas mais frequentemente relatadas de intensidades moderada a grave e relacionadas ao medicamento, que ocorreram em ≥ 2% dos pacientes tratados com ISENTRESS + OBT foram: diarreia (3,7%), náuseas (2,2%) e cefaleia (2,4%). Os EAs de intensidades moderada a grave e relacionados ao medicamento, que ocorreram em < 2% dos pacientes já tratados (n = 507) e que haviam recebido ISENTRESS + OBT, estão listados a seguir, por classe de órgão sistêmico (comuns [≥ 1/100, < 1/10] e incomuns [≥ 1/1.000, < 1/100]).
Distúrbios do sangue e sistema linfático:
incomuns: anemia, anemia macrocítica e neutropenia.
Distúrbios cardíacos:
incomuns: infarto do miocárdio, palpitações e extrassístoles ventriculares.
Distúrbios do ouvido e labirinto:
incomuns: vertigem.
Distúrbios oculares:
incomuns: distúrbio visual.
Distúrbios gastrintestinais:
comuns: dor abdominal; incomuns: vômitos, distensão abdominal, dor abdominal alta, constipação, dor gastrintestinal, desconforto abdominal, dispepsia, flatulência, gastrite, glossite e doença de refluxo gastroesofágico.
Distúrbios gerais e condições no local da administração:
comuns: astenia e fadiga; incomuns: pirexia, desconforto torácico, calafrios, sensação de calor e irritabilidade.
Distúrbios hepatobiliares:
incomuns: hepatite, hepatomegalia e hiperbilirrubinemia.
Distúrbios do sistema imunológico:
incomuns: hipersensibilidade ao medicamento e hipersensibilidade.
Infecções e infestações:
incomuns: celulite e Herpes simplex.
Investigação:
incomuns: redução de peso e aumento de peso.
Distúrbios metabólicos e nutricionais:
incomuns: diabetes mellitus, distúrbio de distribuição da gordura corporal, obesidade central, dislipidemia, emaciação facial, hiperlactacidemia, hiperlipidemia, hipertrigliceridemia, aumento do apetite e lipomatose.
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo:
incomuns: artralgia, mialgia, dor nas extremidades, lombalgia, espasmos musculares, dor musculoesquelética, miosite e atrofia muscular.
Distúrbios do sistema nervoso:
comuns: tontura; incomuns: neuropatia periférica, alodinia, neuropatia, parestesia, polineuropatia, sonolência e cefaleia tensional.
Distúrbios psiquiátricos:
incomuns: depressão, insônia, sonhos anormais e ansiedade.
Distúrbios renais e urinários:
incomuns: nefropatia tóxica, síndrome nefrótica, noctúria, polaciúria, insuficiência renal, insuficiência renal crônica, comprometimento renal e necrose tubular renal.
Distúrbios do sistema reprodutivo e da mama:
incomuns: disfunção erétil e ginecomastia.
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino:
incomuns: epistaxe.
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo:
incomuns: lipodistrofia adquirida, erupção cutânea, hiperidrose, dermatite acneiforme, eritema, atrofia gordurosa, lipoatrofia, sudorese noturna, erupção cutânea macular, erupção cutânea maculopapular, xerodermia e prurigo.
Eventos graves relacionados ao medicamento:
nos estudos clínicos P005, P018 e P019, foram relatados os seguintes EAs graves relacionados ao medicamento: hipersensibilidade, anemia, neutropenia, infarto do miocárdio, gastrite, hepatite, hipersensibilidade ao medicamento, nefropatia tóxica e insuficiência renal, Herpes simplex, superdosagem acidental, insuficiência renal crônica e necrose tubular renal.
Para o tratamento de pacientes adultos com infecção pelo HIV-1, a posologia de ISENTRESS é de 400 mg, administrados por via oral (VO), 2 vezes ao dia, com ou sem alimentos.
Pediátrico:
crianças e adolescentes: > 12 anos: 1 comprimido de 400 mg, 2 vezes ao dia, VO. Crianças e adolescentes de 6 a 11 anos (2 opções posológicas): 1 comprimido de 400 mg, 2 vezes ao dia, VO (se tiver pelo menos 25 kg de peso) ou comprimidos mastigáveis na dose de 6 mg/kg de peso, com dose máxima de 300 mg, 2 vezes ao dia. Para crianças de 2 a 5 anos: comprimidos mastigáveis na dose de 6 mg/kg de peso, com dose máxima de 300 mg, 2 vezes ao dia. ISENTRESS está disponível como uma formulação de comprimidos de 400 mg e uma formulação de comprimidos mastigáveis nas concentrações de 100 mg (sulcado) e 25 mg. A dose máxima do comprimido mastigável é de 300 mg, 2 vezes ao dia. Como as formulações não são bioequivalentes, não substitua os comprimidos mastigáveis pelo comprimido de 400 mg. ISENTRESS deve ser administrado em combinação com outros agentes antirretrovirais.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA. ATENÇÃO: O USO INCORRETO CAUSA RESISTÊNCIA DO VÍRUS DA AIDS E FALHA NO TRATAMENTO. REGISTRO MS: 1.0171.0222. MB220124.
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