antibioticos

RECARBRIO

RECARBRIO (imipeném monoidratado + cilastatina sódica + relebactam monoidratado)

INDICAÇÕES:

RECARBRIO é indicado a pacientes com 18 anos de idade ou mais para o tratamento de pneumonia bacteriana adquirida em hospital e pneumonia bacteriana associada à ventilação (PBAH/PBAV) causadas pelos seguintes microrganismos gram-negativos suscetíveis: complexo Acinetobacter calcoaceticus-baumannii, Enterobacter cloacae, Escherichia coli, Haemophilus influenzae, Klebsiella aerogenes, Klebsiella oxytoca, Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Serratia marcescens.

CONTRAINDICAÇÕES:

pacientes com histórico de hipersensibilidade grave (reação alérgica sistêmica grave, como anafilaxia) a qualquer componente de RECARBRIO ou histórico de hipersensibilidade grave a medicamentos antibacterianos beta-lactâmicos.

ADVERTÊNCIAS:

Reações de hipersensibilidade:
foram relatadas reações de hipersensibilidade (anafiláticas) graves e ocasionalmente fatais em pacientes que receberam terapia com beta-lactâmicos. Essas reações são mais prováveis de ocorrer em indivíduos com um histórico de sensibilidade a múltiplos alérgenos. Antes de iniciar o tratamento com RECARBRIO, deve ser feita uma investigação cuidadosa de reações anteriores de hipersensibilidade a carbapenêmicos, penicilinas, cefalosporinas, outros beta-lactâmicos e outros alérgenos. Se ocorrer uma reação alérgica a RECARBRIO, interromper a terapia imediatamente.

Sistema nervoso central:
experiências adversas do sistema nervoso central (SNC), tais como convulsões, estados confusos e atividade mioclônica, foram relatadas durante o tratamento com imipeném/cilastatina, componentes de RECARBRIO, especialmente quando as dosagens recomendadas de imipeném foram excedidas. Essas experiências têm sido relatadas mais comumente em pacientes com distúrbios do SNC (por exemplo, lesões cerebrais ou histórico de convulsões) e/ou comprometimento da função renal. Se ocorrerem reações adversas no SNC, incluindo tremores focais, mioclonias ou convulsões, os pacientes devem ser submetidos a uma avaliação neurológica para determinar se RECARBRIO deve ser descontinuado.

Aumento da probabilidade de convulsões devido à interação com ácido valproico:
o uso concomitante de RECARBRIO e ácido valproico/divalproato de sódio não é recomendado. Antibacterianos não carbapenêmicos devem ser considerados para tratar infecções em pacientes cujas convulsões estão bem controladas com ácido valproico ou divalproato de sódio. Se a administração de RECARBRIO for necessária, deve ser considerada terapia anticonvulsivante suplementar.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas:
RECARBRIO tem influência moderada na habilidade de dirigir e operar máquinas. Portanto, deve-se ter cuidado ao dirigir ou operar máquinas.

Diarreia associada a Clostridioides difficile (DACD):
tem sido relatada com o uso de RECARBRIO e pode variar em gravidade desde diarreia leve até colite fatal. A DACD deve ser considerada em todos os pacientes que apresentam diarreia após o uso de antibacterianos. Se houver suspeita ou confirmação de DACD, deve ser considerada a interrupção da terapia com RECARBRIO e a administração de tratamento específico para C. difficile.

Desenvolvimento de bactérias resistentes a medicamentos:
prescrever RECARBRIO na ausência de infecção bacteriana comprovada ou fortemente suspeita, ou de indicação profilática provavelmente não trará benefícios ao paciente e aumentará o risco de desenvolvimento de bactérias resistentes a medicamentos.

Gravidez:
categoria de risco C. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Lactação:
o imipeném e a cilastatina são excretados no leite materno em pequenas quantidades. Não se sabe se o relebactam é excretado no leite humano. Não há dados ou os dados sobre os efeitos na criança amamentada ou na produção de leite são insuficientes.

Uso pediátrico:
a segurança e eficácia de RECARBRIO em pacientes com menos de 18 anos de idade não foram estabelecidas.

Uso geriátrico:
não é necessário ajustar a dosagem com base na idade.

Insuficiência renal:
o ajuste de dose é recomendado para pacientes com insuficiência renal (ClCr inferior a 90 mL/min).

Carcinogênese:
não foram conduzidos estudos de carcinogenicidade com imipeném/cilastatina ou relebactam.

Mutagênese:
foram realizados estudos de genotoxicidade em uma variedade de testes em bactérias e células de mamíferos in vivo e in vitro. Não houve evidência de genotoxicidade com relebactam ou imipeném/cilastatina.

Reprodução e desenvolvimento:
informações completas sobre reprodução e desenvolvimento, assim como os testes realizados, estão disponíveis na bula completa do produto.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

Ganciclovir:
foram relatadas convulsões generalizadas em pacientes que receberam ganciclovir concomitantemente com imipeném/cilastatina, componentes de RECARBRIO. O ganciclovir não deve ser usado concomitantemente com RECARBRIO, a menos que os potenciais benefícios superem os riscos.

Ácido valproico:
relatos de casos na literatura têm mostrado que a coadministração de carbapenêmicos, incluindo imipeném/cilastatina (componentes de RECARBRIO), a pacientes que recebem ácido valproico ou divalproato de sódio resulta em uma redução nas concentrações de ácido valproico. O uso concomitante de RECARBRIO e ácido valproico/divalproato de sódio não é recomendado.

REAÇÕES ADVERSAS:

a reação adversa (RA) que ocorreu com maior frequência (≥ 2%) em pacientes que recebiam imipeném/cilastatina mais relebactam em versões de ensaios combinados de Fase 2 (N = 431) foi diarreia. As RAs de ocorrência mais frequente (≥ 2%) em pacientes que recebiam RECARBRIO em um estudo de Fase 3 de PAH ou PAV (N = 266) foram diarreia, aumento da alanina aminotransferase e aumento da aspartato aminotransferase. As seguintes RAs foram relatadas durante os ensaios clínicos de Fase 2 (imipeném/cilastatina mais relebactam; incluindo 431 pacientes) e Fase 3 (RECARBRIO; incluindo 266 pacientes) e em estudos clínicos de imipeném/cilastatina ou durante a experiência pós-comercialização com imipeném/cilastatina.

Infecções e infestações:
raras (≥ 1/10.000 a < 1/1.000): colite pseudomembranosa, candidíase; muito raras (< 1/10.000): gastroenterite.

Doenças do sangue e do sistema linfático:
comuns (≥ 1/100 a < 1/10): eosinofilia; incomuns (≥ 1/1.000 a < 1/100): pancitopenia, neutropenia, leucopenia, trombocitopenia, trombocitose; raras: agranulocitose; muito raras: anemia hemolítica, depressão da medula óssea.

Distúrbios do sistema imunológico:
raros: reações anafiláticas.

Distúrbios do sistema nervoso:
incomuns: convulsões, alucinações, estados de confusão, atividade mioclônica, tontura, sonolência; raros: encefalopatia, parestesia, tremor focal, distorção do paladar; muito raros: agravamento da miastenia gravis, dor de cabeça; frequência desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis): agitação, discinesia.

Distúrbios do ouvido e do labirinto:
raros: perda auditiva; muito raros: vertigem, zumbido.

Cardiopatias:
muito raras: cianose, taquicardia, palpitações.

Distúrbios vasculares:
comuns: tromboflebite; incomuns: hipotensão; muito raros: rubor.

Distúrbios respiratórias, torácicas e do mediastino:
muito raros: dispneia, hiperventilação, dor na faringe.

Distúrbios gastrointestinais:
comuns: diarreia, náusea, vômitos; raros: coloração dos dentes e/ou da língua; muito raros: colite hemorrágica, dor abdominal, azia, glossite, hipertrofia de papila da língua, aumento da salivação.

Distúrbios hepatobiliares:
comuns: alanina aminotransferase aumentada, aspartato aminotransferase aumentada; raros: insuficiência hepática, hepatite; muito raros: hepatite fulminante; frequência desconhecida: icterícia.

Distúrbios dos tecidos cutâneos e subcutâneos:
comuns: erupção cutânea (por exemplo, exantema); incomuns: urticária, prurido; raros: necrólise epidérmica tóxica, angioedema, síndrome de Stevens-Johnson, eritema multiforme, dermatite esfoliativa; muito raros: hiperidrose, alterações da textura da pele.

Distúrbios musculoesqueléticos e dos tecidos conjuntivos:
muito raros: poliartralgia, dor na coluna torácica.

Distúrbios renais e urinários:
incomuns: elevações da creatinina sérica; raros: insuficiência renal aguda, oligúria/anúria, poliúria, descoloração da urina (inofensiva e não deve ser confundida com hematúria).

Doenças do aparelho reprodutor e da mama:
muito raras: prurido vulvar.

Distúrbios gerais e condições no local de administração:
incomuns: febre, dor local e endurecimento no local da injeção; muito raras: desconforto peitoral, astenia/fraqueza.

Investigações:
comuns: aumento da fosfatase alcalina sérica; incomuns: teste de Coombs positivo, tempo de protrombina prolongado, hemoglobina diminuída, aumento da bilirrubina sérica, elevações no nível de ureia nitrogenada no sangue; frequência desconhecida: aumento da lactato desidrogenase sanguínea.

POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO:

a dose recomendada de RECARBRIO é de 500 mg de imipeném, 500 mg de cilastatina e 250 mg de relebactam, administrada por infusão intravenosa (IV) durante 30 minutos a cada 6 horas em pacientes com 18 anos de idade ou mais com depuração de creatinina (ClCr) maior ou igual a 90 mL/min. Uma redução da dose é recomendada para pacientes com ClCr menor que 90 mL/min, insuficiência renal ou em hemodiálise. Não é necessário o ajuste de dose para pacientes com insuficiência hepática. A gravidade e a localização da infecção, assim como a resposta clínica, devem guiar a duração do tratamento. A duração recomendada de tratamento com RECARBRIO é de 7 a 14 dias.

SUPERDOSE:

em caso de superdose, descontinuar RECARBRIO, tratar sintomaticamente e instituir tratamento de suporte geral. O imipeném, a cilastatina e o relebactam podem ser removidos por hemodiálise. Não há informação clínica disponível sobre o uso de hemodiálise para tratar a superdose. Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Uso restrito a hospitais. Venda sob prescrição médica. REGISTRO MS: 1.0171.0236.MB060224.

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