Resposta imunológica
RESPOSTA IMUNOLÓGICA
A imunidade contra o rotavírus é adquirida e muitas vezes são necessárias múltiplas infecções até que uma criança desenvolva proteção completa contra novas infecções e suas doenças associadas. Depois da infecção primária, a imunidade é maior contra o sorotipo contraído, entretanto, é possível observar proteção contra outros sorotipos em infecções subsequentes.1
A proteção de lactentes jovens também pode ser mediada pela transferência transplacentária de anticorpos maternos.2

Em um estudo realizado no Brasil entre 2018 e 2019, foram analisadas 1.536 amostras de fezes de pacientes sintomáticos com gastroenterite aguda (1.161 crianças e 375 adultos) e 12% delas foram positivas para rotavírus.3
A maioria das amostras era de crianças menores de cinco anos, 72,1% (1.108/1.536) dos casos de gastroenterite aguda. Foi observada uma alta taxa de infecções pelo rotavírus em crianças de 24 a 60 meses, em comparação com outras faixas etárias.3
Crianças de até seis meses apresentaram uma carga viral mais baixa em relação às mais velhas, o que pode ser explicado pela alta efetividade da vacinação em induzir resposta imune, além da ação de anticorpos maternos transferidos através da amamentação.3

As proteínas VP7 e VP4 do rotavírus agem como antígenos neutralizantes para gerar uma resposta imune humoral protetora.4
O trato gastrintestinal é protegido por enzimas digestivas, sais biliares, ácidos graxos e lisolipídeos. As células de Paneth no intestino humano secretam alfadefensinas e influenciam a virulência das bactérias ingeridas pela via oral. A presença de imunoglobulinas A (IgA) específicas contra o rotavírus na superfície da mucosa intestinal e no soro é um indicador de proteção contra doenças associadas ao vírus, de acordo com estudos de infecção natural.1,2

Referências:
- Long SS, Prober CG, Fischer M et al. Principles and practice of pediatric infectious. Cambridge: Elsevier. 5 ed., 2018.
- Orenstein W, Offit P, Edwards KM et al. Plotkin´s vaccines rotavirus. Cambridge: Elsevier. 7 ed., 2018.
- Gutierrez MB, Fialho AM, Maranhao AG et al. Rotavirus A in Brazil: molecular epidemiology and surveillance during 2018-2019. Pathogens. 2020;9(7):515.
- Bányai K, László B, Duque J et al. Systematic review of regional and temporal trends in global rotavirus strain diversity in the pre rotavirus vaccine era: insights for understanding the impact of rotavirus vaccination programs. Vaccine. 2012;30(Suppl1):A122-30.
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BR-ROT-00081 PRODUZIDO EM JUNHO/2023 VÁLIDO POR 2 ANOS