Como isso afeta as(os) pacientes?

QUADRO CLÍNICO

Após um breve período de incubação, as infecções por qualquer um dos rotavírus causam início agudo de gastroenterite e, frequentemente, o vômito é um sintoma temporário.¹

É mais frequente que uma infecção pelo rotavírus seja mais grave em lactentes de três a 24 meses de idade, do que em lactentes mais jovens ou crianças mais velhas e adultos.²

Estudos de infecção natural pelo rotavírus indicaram que a replicação do vírus é restrita às células das vilosidades epiteliais maduras na superfície da mucosa do intestino delgado. Foram identificados antígenos, RNA e vírus vivos no sangue durante a infecção, além de RNA no líquido cefalorraquidiano.²

DIAGNÓSTICO

O método recomendado para detecção de rotavírus é o teste imunoenzimático (ElE), também conhecido como teste ELISA, que se baseia em reações antígeno-anticorpo detectáveis por meio de reações enzimáticas. A metodologia de reação em cadeia de polimerase (PCR) também pode ser realizada. Devem ser encaminhadas 100% das amostras positivas e 10% das amostras negativas ao laboratório de referência nacional/regional de cada Lacen. As amostras positivas encaminhadas ao laboratório de referência serão submetidas a métodos moleculares para detecção dos genótipos para as proteínas G (VP7) e P (VP4) do rotavírus.³

Existem testes comerciais disponíveis como imunoensaios enzimáticos ou de aglutinação de partículas de látex para os rotavírus do grupo A, que detectam a proteína VP6. Os testes para detecção de antígeno geralmente possuem altas sensibilidade e especificidade (90 e 95%, respectivamente).¹

COMPLICAÇÕES

Uma infecção pelo rotavírus em lactentes e crianças pequenas pode provocar diarreia grave, desidratação, desequilíbrio eletrolítico e acidose metabólica.⁴

Pacientes pediátricos imunocomprometidos por imunodeficiência congênita ou transplantes de medula ou órgãos sólidos podem apresentar gastroenterites por rotavírus grave ou prolongada, com evidências de alterações em múltiplos órgãos, especialmente nos rins e no fígado.⁴

Referências:

Long SS, Prober CG, Fischer M et al. Principles and practice of pediatric infectious. Cambridge: Elsevier. 5 ed., 2018.
Orenstein W, Offit P, Edwards KM et al. Plotkin´s vaccines rotavirus. Cambridge: Elsevier. 7 ed., 2018.
Ministério da Saúde do Brasil. Guia de vigilância em saúde – 5ª edição. 2021. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_5ed_rev.pdf. Acessado em 13 de abril de 2023.
Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Rotavirus. 2021. Disponível em: https://www.cdc.gov/vaccines/pubs/pinkbook/rota.html. Acessado em 09 de janeiro de 2023.

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